Manifestação teve início após prisão de três estudantes.
Segundo a PM, eles foram flagrados com uma porção de maconha.
Estudantes da USP protestam contra ação da PM (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Centenas de alunos entraram em confronto com a Polícia Militar na noite desta quinta-feira (27) perto de um dos prédios da Faculdade de Filosofia, História e Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
O conflito teve início após a prisão de três estudantes que portavam maconha no campus da universidade. Os alunos foram detidos por volta das 19h por policiais militares. Segundo a PM, eles estavam próximos a um carro, onde foi encontrada uma porção da droga. No momento em que os policiais foram levar o trio para o 91º DP, onde a ocorrência será registrada, estudantes das faculdades os impediram. Os três, então, foram levados pelos colegas até um dos prédios.
Quando finalmente os alunos eram conduzidos para a delegacia, os estudantes cercaram o carro da Polícia Civil. Houve bate-boca. Alunos jogaram um cavalete de trânsito em cima dos policiais, que reagiram com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. Estudantes começaram, então, a jogar pedras e dar chutes nos PMs. Carros da corporação e de estudantes foram atingidos. Não havia a informação de quantas pessoas ficaram feridas.
Convênio
No último dia 8 de setembro, representantes da USP e do comando da Polícia Militar formalizaram um convênio, de cinco anos, para aumentar a segurança na Cidade Universitária, no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Firmaram o documento Antonio Ferreira Pinto, secretário estadual da Segurança Pública, o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante do policiamento do estado, e o professor João Grandino Rodas, reitor da USP.
Na prática, com o convênio, foi combinado um aumento do efetivo que atua no campus da USP. a medida foi tomada após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrida na noite do dia 18 de maio. O jovem foi baleado quando se aproximava de seu carro em um estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Dois homens presos pelo crime foram indiciados por latrocínio.
Na ocasião, o reitor da USP disse que o objetivo de manter policiais militares no campus não é o de coibir manifestações por parte dos alunos e funcionários. "As manifestações são parte da democracia. Elas não serão impedidas", afirmou, na época.
Saiba mais:
Estudantes mantém ocupação de prédio da USP nesta sexta-feira
Nenhum comentário:
Postar um comentário