segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cartilha: “Tatuagens: desvendando segredos”


Um trabalho realizado pelo tenente PM Alden, referência em estudos policiais na Polícia Militar da Bahia, vem ganhando repercussão entre os policiais interessados em técnicas e táticas que tornem eficientes o trabalho policial de rua, a Cartilha “Tatuagens: desvendando segredos”, que apresenta um estudo minucioso e responsável sobre a relação entre tatuagens e crimes. Na cartilha, Alden especifica o significado que algumas tatuagens podem ter entre facções criminosas, conhecimento que pode ser utilizado para identificar suspeitos, ou mesmo encontrar informações qualificadas sobre o cometimento de crimes.


 

"Os detentos tiram fotos de frente e de perfil. As cicatrizes e as tatuagens são registradas em diversos ângulos. As imagens e os dados dessas pessoas ajudam a policia a conhecer a área de atuação de cada uma. As pesquisas investigativas indicam o crime que cometeram e se agiram com parceiros. Para tornar o Fotocrim mais completo, a Polícia Militar firmou um convênio com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Cerca de 90% dos presos sob tutela da pasta, principalmente os integrantes de facções criminosas, foram fotografados por PMs nas unidades prisionais.
Foi assim que a policia conseguiu montar um amplo arquivo de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC)."


O policial no resgate de Santa Maria

Autor:
Policiais e bombeiros atuando em Santa Maria

Em alguns momentos da minha curta carreira pude presenciar o toque intempestivo da morte em vidas com grandes promessas de vida. Mais constantemente isto ocorreu quando, em serviço, o rádio da viatura informava sobre um corpo estendido no chão de algum bairro periférico, vítima de disparo de arma de fogo, atingido pela dinâmica cotidiana das periferias do país, onde jovens, machos, pobres e negros são o preferencial alvo. Destas mortes os policiais até conseguem se distanciar (o que é terrível!), pois incutem-se a distância estabelecida pelo “envolvimento com o tráfico de drogas” e coisas do tipo, chegando até a lógicas lombrosianas que garantam aceitar a normalidade daquela tragédia.

Mas também vi cenas onde nem sequer tais justificativas podem ser inseridas, principalmente em acidentes como desabamentos, incêndios, afogamentos etc. Momentos em que não é possível se dar o luxo do distanciamento, mesmo o luxo mais irresponsável. Momentos em que é inevitável sentir a ferida da fragilidade humana. Os policiais e bombeiros que estavam na partida de futebol no estádio da Fonte Nova (Salvador), em 2007, quando parte da arquibancada desabou e sete pessoas foram mortas sabem bem como somos desguarnecidos em tais circunstâncias: pessoas que apenas viviam, e provavelmente riam instantes antes da tragédia, foram-se.

Não é menos o que se sente após o incêndio à boate em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Policiais e bombeiros que atuaram na tentativa de resgate à vida das vítimas, lutaram para reduzir o dano do inexplicável, para que menos jovens fossem engolidos pela intolerância da morte. Ninguém sai imune deste tipo de trabalho, mesmo com a consciência de que este é o desafio a ser encarado em nosso ofício, visando poupar aqueles que mais proximamente viveram com as vítimas durante suas trajetórias. Saímos todos enlutados.

Os policiais e os bombeiros se inserem de modo peculiar no lamento do poeta Fabrício Carpinejar, uma ode à impotência frente ao ocorrido:
Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
Não há muito o que dizer.
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Fonte: Abordagem Policial.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Anúncio do pagamento do PRONASCI é uma falha no sistema.



 
 
 
 
 
 
Uma verdadeira correria seguido de tumultuo vem acontecendo em várias agências da Caixa Econômica Federal, principalmente na Capital, por conta de um anúncio equivocado que está sendo veículado na mídia, quando manda as pessoas possuidoras de cartões do PIS, ligarem para o número 08007260207, opção 2, a informação obtida é que está disponibilizado na agência uma quantia financeira equivalente a um salário mínimo. Quando a pessoa chega na agência, és a decepção,não existe dinheiro e a informação não procede. A direção da Caixa, informa que trata-se de falha no sistema,porém, os demais beneficios  oferecidos pela Caixa Econômica, como por exemplo abono salário,rendimento do pis,receber beneficios, bolsa familia, continuam funcionando normalmente.No que se refere a falha do sistema que está provocando toda confusão, já está sendo solucionado.
Fonte: Aspra.

Falhas em cursos de capacitação dão prejuízo de R$ 5 milhões ao governo



Renata Mariz


O projeto Bolsa-Formação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), carro-chefe do governo federal no combate à violência, repassou indevidamente recursos a cerca de 3 mil profissionais em todo o país. Policiais, bombeiros, agentes penitenciários e peritos receberam o benefício mensal de R$ 443 como incentivo para fazerem cursos virtuais de capacitação, mesmo sem atender às condicionalidades impostas pelo projeto — como o teto salarial de R$ 1,7 mil ou estar em atividade na área da segurança. A quantia embolsada ilegalmente entre 2008 e 2011 chega a R$ 5 milhões — valor que agora o Ministério da Justiça, gestor do Pronasci, tenta receber de volta.

Ofícios começaram a ser expedidos neste mês aos profissionais solicitando a devolução dos recursos repassados indevidamente. Eles terão 60 dias para questionar a cobrança. Se decidirem quitar os débitos, poderão parcelar. Caso se recusem a ressarcir os cofres públicos, serão acionados judicialmente, via Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Mikki, não acredita que será preciso chegar a tal ponto. “Creio que, na maior parte dos casos, os profissionais receberam de boa-fé, achando que poderiam receber. Pode ser um policial que tenha morrido, por exemplo. Essa família vai ser convidada a devolver o que foi repassado”, diz.

Fonte: Correio Braziliense.