O termo polícia significa uma corporação empregada para manter a ordem. Pacificar significa restituir a paz. Assim, qualquer polícia na sua essência tem a paz como objetivo. Desse modo, todas as polícias devem ser pacificadoras. O que torna uma redundância a expressão polícia pacificadora, embora com forte apelo de marketing. Acertadamente, a PMBA utilizou a expressão Base Comunitária de Segurança.
Outra questão é que a pacificação da sociedade não deve caber só à polícia, pois se assim o fosse estaríamos num Estado Policial.
Acredito na “Polícia Pacificadora” ou Bases Comunitárias de Segurança, mas sozinha ela apenas amenizará a violência no local que estiver implantada. Se no Sistema de Defesa Social a polícia é apenas uma instituição, dentre várias, porque apenas a “Polícia Pacificadora”? Por que não se pensa na “Família Pacificadora”? Na “Escola Pacificadora”? No “Esporte Pacificador”? Na “Cultura Pacificadora”? Na “Justiça Pacificadora”? Todos atuando juntos para a pacificação da sociedade. Afinal, a Cultura da Paz deve ser um anseio de todos!
Resumindo: Parabéns pela “Polícia Pacificadora” ou Base Comunitária de Segurança. Visando aprimorar a boa ideia, proponho, também, a implantação de Centros de Proteção Social, para atuação conjunta das Polícias Militar, Civil e Técnica, da Defensoria Pública, do Ministério Público, da Justiça Criminal e de Núcleos Prisionais, com suporte das demais áreas sociais, como educação, saúde, lazer, cultura, saneamento, transporte, iluminação pública, esporte, coleta de lixo, pavimentação de vias etc, todos focados em valorizar o Ser Humano.
Por fim, não haverá Polícia Pacificadora se os policiais não estiverem pacificados com os seus próprios problemas sociais, pois sem isso, eles não terão condições emocionais de garantir a paz de todos nós.
Autor: Capitao Tadeu Fernandes
Fonte: Abordagem Policial
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