segunda-feira, 30 de maio de 2011

‘Fantástico’ registra flagrantes de violência no entorno de Brasília

A região, com quatro cidades, só tem menos gente assassinada que Honduras, que no ano passado se tornou o país mais violento do mundo.



O Fantástico mostrou no último domingo (29) um dos lugares mais violentos do mundo, que fica no entorno de Brasília. A região é considerada como terra de ninguém. Fica bem próxima à capital federal, a cerca de 40 minutos do Palácio do Planalto, e contrasta com a relativa tranquilidade em que se vive lá. Os flagrantes de violência foram registrados em quatro cidades do chamado “entorno”.

Depoimentos e flagrantes que poderiam ser de uma guerra, em algum lugar perdido, isolado no restante do Brasil, foram registrados em quatro cidades da periferia da capital do país: Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás.

A região do entorno de Brasília é considerada hoje uma das mais violentas do Brasil. Com a chegada do fim de semana, aumentam o medo e a tensão dos moradores que vivem a 40 quilômetros de distância da capital do país.

Poder e segurança de um lado; realidade sombria do outro. É madrugada em Novo Gama. As ruas parecem tranquilas, mas o perigo pode estar em qualquer lugar. “Onde é escuro não é bom ficar passando não”, explica um homem.

“Estava todo mundo aqui na porta: eu, a mãe dela, outra amiga nossa, uma menininha pequeninha e os meninos. Ele chegou e começou a atirar”, conta uma menina. “Todo mundo entrou correndo, mas o tiro acertou meu irmão”, lamenta outra menina. O rapaz baleado já está no hospital. Um morador desabafa: “Isso é normal, corriqueiro. Todo dia”.

Em Luziânia, perto dali, mais violência. Três menores de idade roubaram todo o faturamento de um ônibus: R$ 400. “Mais que meu salário. É complicado”, comenta um homem.
Nas noites de quinta, sexta, sábado e domingo, a polícia intensifica as rondas nas quatro cidades. Homens da Força Nacional de Segurança ajudam a Polícia Militar. “As estatísticas mostram que estamos com um índice de homicídio alto”, avalia um policial.

No Brasil, o índice de mortos por homicídios é de 24,5 vítimas para cada cem mil habitantes. No entorno de Brasília, as cidades de Novo Gama e Águas Lindas têm mais que o dobro desse índice.
“Os homicídios vão continuar ocorrendo. Nós vamos tentar baixar esse índice”, garante o tenente-coronel Wellington, da PM de Goiânia.

Em Luziânia, o índice é de 71,04 vítimas fatais. Em Valparaíso é a mais violenta de todas: 75,97 vítimas para cada cem mil habitantes. Com esses números, a região do entorno de Brasília só tem menos gente assassinada que Honduras, que no ano passado se tornou o país mais violento do mundo.
Um comerciante quase morreu na sexta vez em que foi assaltado. “Levei dois tiros. Um deles acertou a minha boca. Estou com uma deficiência no maxilar, não posso fazer força, não posso pegar peso, não posso pegar sol. Não me sinto seguro em sair mais. Não tenho segurança. Toda hora que encosta um veículo do meu lado, eu fico assustado”, diz.

“São mais de dez mil inquéritos inconclusos merecendo uma preocupação nossa já”, revela Edson Costa Araújo, do gabinete de Gestão de Segurança do Entorno do Distrito Federal.

São dez mil investigações ainda em aberto. “As pessoas morrem e polícia vai acumulando os inquéritos, e as pessoas vão virando pasta”, constata Marlúcia de Matos, mãe de uma vítima.
As autoridades reconhecem que todas as cidades do entorno precisam de investimentos. “Na educação, na segurança publica”, avalia Edson Costa Araújo.

Assista ao vídeo:
 


Fonte: G 1

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PMBA fez mudanças nos comandos em quase todas as unidades da PM no estado da Bahia

As companhias independentes e batalhões da Polícia Militar tiveram desde ontem, quinta-feira (07), novos comandantes e subcomandantes. As alterações atingem 16 cidades e também a capital.  As nomeações foram divulgadas no Diário Oficial do Estado da quarta-feira (06).

O comando da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (Nordeste de Amaralina) passa do major Gidelmar Gualberto para o tenente-coronel Ivanildo Castro, que era responsável pelo 12ª Batalhão, em Camaçari.  Para a cidade que abriga o Pólo Petroquímico irá o tenente-coronel Dhemóstenes Pereira, que deixou a 51ª de Sete de Abril, na capital. Ele foi substituído pelo major Ricardo Mattos. Na 13ª CIPM (Pituba), sai o major José Inácio Diniz e entra o major Elsimar Freitas, que era da 41ª (Federação). Lá, assume o major Paulo José Campos Guerra respondendo pelo comando.

No interior, houve mudanças no comando da PM em Porto Seguro (8º Batalhão), Barreiras (10º Batalhão), Camaçari (12º Batalhão), Santo Antonio de Jesus (14º Batalhão), Guanambi (17º Batalhão), Irecê (7º Batalhão), Teixeira de Freitas (13ª Batalhão), Eunápolis (7ª CIPM), Itapetinga (8ª CIPM), Brumado (34ª CIPM), Lençóis (42ª CIPM), Conde (51ª CIPM), Vila de Abrantes (59ª CIPM), Vitória da Conquista (78ª CIPM), Poções (79ª CIPM) e Itabuna (Companhia Independente da Polícia Rodoviária).

Clique na imagem abaixo para entender as mudanças:



http://www.chicosabetudo.com.br/wp-content/uploads/2011/04/mudanca-cmd.gif

PMBA e a GAP V – Estelionato Salarial ou Gratificação Virtual?

Enquanto nossos irmãos Policiais Militares Nordestinos (Alagoanos, Sergipanos e Paraibanos) são reconhecidos e contemplados com vencimentos dignos da malfadada PEC 300, nós policiais militares baianos, sofremos, vitimados, há mais de uma década, por um golpe, digo, gap, de colocar qualquer estelionatário “no chulé”.

Toda vez que os nossos vencimentos são reajustados o Executivo faz questão de publicar no DOE uma planilha com as GAP’s enumeradas de I a V. Todavia, desde o advento da Lei da GAP, a tal Lei 7.145/97, ninguém nunca foi contemplado com a GAP IV ou V.
A desculpa dos governadores era das mais esfarrapadas possível. Dentre elas destaco a CONTRAINFORMAÇÃO que lançaram no seio da tropa de que a famigerada GAP IV e V não estariam REGULAMENTADAS.

MENTIRA! EIS QUE EXISTE, SIM, REGULAMENTAÇÃO PARA ASCENÇÃO DA GAP II para III e de III para IV, bem como da IV para a GAP V.
Existe um Decreto, que aduz de forma cristalina que para fazer jus a GAP III o PM tem que trabalhar na atividade finalística da intituição e sob regime de 40 horas semanais.
Diz ainda, o malfadado Decreto REGULAMENTADOR, que aquele policial que ficar mais de 12 meses recebendo GAP III passaria a galgar a GAP IV e se a situação perdurasse por mais 12 meses, passaria a perceber, então, a GAP V…

Diante disso, um grupo de PM’s teve a brilhante idéia de mover uma Ação contra o que o Juiz Fernando Marinho da 8ª Vara da Fazenda Pública chamou de “ESTELIONATO SALARIAL” (essa foi demais…).
Com efeito, temos um precedente importantíssimo que julgou PROCEDENTE o pleito de 10 policiais militares, concedendo-lhes a tão sonhada GAP V. Só que eles ainda não estão recebendo, pois quando se trata de vencimentos a ação só pode ser executada quando TRANSITAR EM JULGADO.

Outrossim, os autores dessa ação já saíram na nossa frente e muito. Sabem por que? Porque eles acionaram a justiça no ano de 2005 então, vão receber tuuuudo que deixaram de ganhar do ano de 2000 para cá… (dez anos de RETROATIVO) e nós, como vms acionar a partir de agora, só temos direito ao prejuízo dos últimos 05 (cinco) anos, ou seja de 2005 para cá… (é o que no Direito chamamos de PRESCRIÇÃO QUINQUENAL)

Todavia, a simples implantação da GAP V em nossos vencimentos, tal como a HABILITAÇÃO PM que, inclusive, já foi implantada, novamente, para muitos, tornaria os nossos vencimentos semelhantes aos irmãos milicianos de Sergipe.

A Gap V, ao meu ver, é a PEC 300 dos Policiais Militares da Bahia. Só que com uma “única” diferença: Não precisaremos nos humilhar perante os Deputados Federais e Senadores, nem correr o risco de ser alvejado pelas pistolas Taser.

Fonte: Blog; Chico Sabe Tudo

Está circulando no meio policial que o governo aprovou a GAP V. Mas, o que está ocorrendo na verdade é uma ação na justiça, em que alguns policiais colocaram para receber a Gap V por direito. É uma ação de 10 policiais, que parece que vão ou já estão recebendo os valores calculados para este nível salarial na PM baiana.
Então, não tem nada definido sobre a GAP V para os demais componentes da PMBA. Estamos aguardando na justiça o Escalonamento Vertical.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Homem descontrolado enfrenta a polícia; armado com um facão

Um individuo armado com um facão enfrentou cerca de 30 policiais nos Estados Unidos. Fato este, que presenciamos várias vezes no cotidiano da profissão. O homem enfrentou dezenas de policiais. Nem mesmo o uso de agente químico conteve o suspeito, que investia enfurecidamente contra os policiais. Estes, receosos, pareciam não saber bem como se defender e conter o indivíduo. De fato, não é tão simples imobilizar um sujeito que porta arma branca, ainda mais em seu estado desviado. No final, tudo acabou bem. Se fosse você, policial, atuando com dois ou três homens, como agiria na situação? É bom refletir.


Veja o vídeo e tirem suas conclusões

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oxi, uma nova e devastadora droga se espalha pelo país

Ele é mais barato e agressivo do que o crack. E a ciência ainda tenta entender seus efeitos no organismo

     Pedras Oxi na Polícia Federal de Rio Branco, Acre (Regiclay Alves Saady )

Desde a década de 1980, distante dos grandes centros brasileiros, o estado do Acre convive com a destruição produzida pelo oxi, uma mistura de pasta-base de cocaína, querosene e cal virgem mais devastadora do que o temível crack. A droga, vendida no formato de pedra, ao valor médio de 2 reais a unidade, vem se popularizando na região Norte e, agora, espalha sua chaga pelas cidades do Centro-Oeste e Sudeste. "Ela já chegou ao Piauí, à Paraíba, ao Maranhão, a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro", diz Álvaro Mendes, vice-presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos. Uma amostra da penetração da droga em São Paulo pôde ser vista na última quinta-feira, quando a Polícia deteve, na capital, um casal que carregava uma pedra de meio quilo de oxi.

Ao menos duas característias da droga ajudam a explicar por que ela se espalha pelo país. A primeira é seu potencial alucinógeno. Assim como o crack, o oxi pode estimular em um usuário o dobro da euforia provocada pela cocaína. A segunda razão é seu preço. "O crack não é uma droga cara, mas o oxi é ainda mais barato", diz Philip Ribeiro, especialista em dependência química do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). "Quando surge uma droga mais poderosa, mais barata e fácil de produzir, a tendência é que ela se dissemine", diz Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Univesidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Isso ocorre especialmente porque não se criou no Brasil até agora um sistema eficaz de tratamento de dependentes."

O lado mais assustador do oxi talvez seja a carência de dados sobre seu alcance no território brasileiro. Quem se debruça sobre o assunto, avalia que a droga atinge todas as classes sociais. "Não há um perfil estabelecido de usuário: ela é usado tanto pelos estratos mais pobres quanto pelos mais ricos da população", diz Ana Cecília Marques, psiquiatra da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead).

Também faltam estudos científicos sobre sua ação sobre o ser humano. Por ora, sabe-se que, por causa da composição mais "suja", formada por elementos químicos agressivos, ela afeta o organismo mais rapidamente. A única pesquisa conhecida sobre a droga – conduzida por Álvaro Mendes, da Associação Brasileira de Redução de Danos, em parceria com o Ministério da Saúde – acompanhou cem pacientes que fumavam oxi. E chegou a uma terrível constatação: a droga matou um terço dos usuários no prazo de um ano.

Além, é claro, do risco de óbito no longo prazo, seu uso contínuo provoca reações intensas. São comuns vômito e diarreia, aparecimento de lesões precoces no sistema nervoso central e degeneração das funções hepáticas. "Solventes na composição da droga podem aumentar seu potencial cancerígeno", explica Ivan Mario Braun, psiquiatra e autor do livro Drogas: Perguntas e Respostas.

Por último, mas não menos importante, uma particularidade do oxi assusta os profissionais de saúde: a "fórmula" da droga varia de acordo com "receitas caseiras" de usuários. É possível, por exemplo, encontrar a presença de ingredientes como cimento, acetona, ácido sulfúrico, amônia e soda cáustica - muitos dos itens podem ser facilmente encontrados em lojas de material de construção. A variedade amplia os riscos à saúde e dificulta o tratamento.

Confira a seguir as informações conhecidas sobre o oxi e uma comparação dele com o crack:




Diferença 

A diferença do oxi para o crack está na composição. Para transformar o pó da cocaína em pedra de crack, usa-se o bicarbonato de sódio e o amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos - e atingir um número maior de usuários -, leva querosene e cal virgem, substâncias corrosivas e extremamente tóxicas.

Segundo especialistas no combate ao entorpecente e no tratamento de dependentes químicos, o oxi chegou ao País há cerca de seis anos pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Já há registro de mortes no Piauí. A Fundação Oswaldo Cruz prepara um mapeamento da droga no território nacional.

Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/

DROGA ILÍCITA é como a moda: passa uma, vem outra.

Nos anos 1950, a classe média chamava a maconha de "droga de engraxate", com desprezo. Fumavam maconha apenas os marginais e a malandragem de rua; a burguesia endinheirada, jamais.

Na esteira do movimento hippie e da contracultura, a maconha se tornaria a droga preferida pela juventude, a partir da década de 1960. Os primeiros a aderir foram os universitários e os intelectuais, depois vieram os mais jovens e os iletrados, num processo insidioso e persistente que disseminou o uso em todas as camadas sociais.

Tradicionalmente mais cara do que a maconha, a cocaína foi considerada exclusiva dos mais abastados até o fim dos anos 1970. Na imaginação popular, o pó era consumido em reuniões, nos passeios de iate e nas festas em que os milionários faziam troca de casais.

A epidemia de Aids se encarregou de escancarar uma realidade menos fantasiosa.

Os primeiros casos da doença no Brasil foram diagnosticados a partir de 1982, exclusivamente entre homens homossexuais. Em seguida, começaram a surgir homens e mulheres heterossexuais dos bairros mais pobres, que haviam contraído o vírus ao compartilhar seringas e agulhas para injetar cocaína.

O acúmulo desses casos deixou claro que havia uma epidemia de cocaína injetável que se disseminava em silêncio na periferia das cidades grandes.

Quando cheguei ao Carandiru, em 1989, cansei de atender presos com as veias dos braços em petição de miséria, resultado das sucessivas picadas para injetar a droga nas condições mais precárias de assepsia que alguém possa imaginar.

Nesse ano, colhemos 1.492 amostras de sangue entre os que estavam inscritos no programa de visitas íntimas, com o objetivo de mostrar às autoridades do sistema prisional que era um absurdo a sociedade abrir as portas da cadeia para mais de mil parceiras sexuais daqueles homens, sem lhes oferecer qualquer tipo de informação nem lhes garantir acesso ao preservativo.

Os resultados mostraram que 17,3% dos presos eram HIV-positivos, quase todos infectados por seringas e agulhas. Estudo realizado mais tarde com as mesmas amostras revelou que 60% delas eram positivas para o vírus da hepatite C.

As mortes por Aids, a aparência física dos que chegavam ao estágio final de evolução e as campanhas educativas contra o uso de droga na veia acabaram com as injeções de cocaína no presídio, tendência que se espalharia pelas ruas da cidade.

Não havia motivo para comemoração, no entanto. A cocaína injetável foi imediatamente substituída pelo crack, preparação mais impura, mais barata e de uso compulsivo, que eliminava a necessidade da aplicação intravenosa.

A ausência completa de campanhas de esclarecimento nas escolas e nos meios de comunicação de massa, de estratégias de prevenção ao uso e de programas de saúde destinados a recuperar os usuários, permitiram que o crack se espalhasse feito praga e chegasse às cidades pequenas do país inteiro.

Quando uma das facções de prisioneiros assumiu a supremacia nas cadeias de São Paulo, seus líderes concluíram que o crack colocava o usuário num estado de insolvência financeira que prejudicava os interesses da organização. Como consequência, aconteceu o que eu jamais poderia imaginar, o crack foi banido das cadeias paulistas.

Nessa época, tive a esperança de que desaparecesse também das ruas, em analogia ao que acontecera com a cocaína injetável. Logo percebi a ingenuidade: é a droga que mais lucro dá ao traficante.
Agora, no auge da epidemia de crack, surge o oxi, preparação mais bruta ainda, resultado do tratamento da pasta de cocaína com querosene, cal e líquidos oxidantes, mais baratos do que o bicarbonato e o amoníaco usados na química do crack. Na cracolândia a pedra é vendida a R$ 2; a de crack custa R$ 10.

Caro leitor, é preciso ter curso de pós-graduação em drogas ilícitas para prever o que acontecerá?
Enquanto insistirmos em concentrar os esforços na "guerra contra as drogas", sem nos preocuparmos em reduzir o número de usuários que formam o mercado consumidor, iremos ao sabor da droga da moda, cada vez mais barata, compulsiva e destruidora.

Dr. Dráuzio Varela.

"Enquanto concentrarmos esforços na "guerra contra as drogas", iremos ao sabor da droga da moda"

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Passeata de policiais pelo centro de BH termina após três horas

O movimento é organizado por sete entidades de classe.
Em Minas, Polícia Civil começou greve.

Do G1 MG


A passeata de policiais militares e bombeiros pela Região Central de Belo Horizonte nesta quarta-feira (11) terminou após três horas. A manifestação teve início às 15h, após assembleia para discutir a situação salarial das categorias, e terminou às 18h. De acordo com o Batalhão de Polícia de Trânsito de Belo Horizonte, cerca de sete mil pessoas participaram do protesto. O Batalhão de Eventos da Polícia Militar informou que este número chegou a cerca de 10 mil pessoas.
O movimento é organizado por sete entidades de classe. De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, major Ronaldo de Assis, a intenção é cobrar do governo estadual a atualização dos salários. “Pedimos um piso de R$ 4 mil para soldado ao logo dos quatro anos de governo para que o salário da polícia em Minas fique entre os três melhores do país”, disse.

De acordo com a Subsecretaria de Comunicação do Governo de Minas Gerais (Secom), eles não tiveram nenhum registro de problemas causados com a passeata, além do trânsito que ficou interditado. A assessoria da Polícia Militar informou que foram policiais de folga ou reformados que participaram da passeata.

Greve na Polícia Civil

Policiais civis de Minas Gerais iniciaram greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (10). De acordo com informações do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindipol-MG), a categoria, que reivindica melhores salários e condições de trabalho, anunciou a paralisação em assembleia no dia 29 de abril.

As delegacias não vão ser fechadas, de acordo com o sindicato, mas alguns serviços não vão ser oferecidos à população. Segundo o sindicato, em caso de acidente sem mortos, a Polícia Civil não vai comparecer para realizar a perícia. Exames de corpo de delito, de responsabilidade do Instituto Médico Legal (IML), também não serão realizados. No Instituto de Identificação, o atendimento vai ser feito somente durante o período da manhã. Ainda de acordo com o Sindipol-MG, durante a greve, não serão feitas intimações para depoimentos e não serão instaurados inquéritos, com exceção de casos que envolvam réus e flagrantes.

Ainda segundo o sindicato, um dos pedidos da categoria é que o pagamento de escrivães e investigadores, que atualmente recebem salário-base de R$ 2.040, seja igualado ao dos peritos, cujo salário inicial é de R$ 4.420. Eles reivindicam também a equiparação do pagamento dos delegados, que atualmente recebem salário-base de R$ 5.700, com os dos promotores públicos, que têm salário base de R$ 21.000. A categoria pede, ainda, reajuste para os servidores administrativos, cujo salário-base é de cerca de R$ 540, segundo dados do Sindipol-MG.

De acordo com o sindicato, em uma reunião no dia 3 de maio, a chefia da Polícia Civil, responsável pelas negociações a pedido do governo, anunciou a abertura de um concurso para aumentar o efetivo de servidores. Mas, segundo o sindicato, este ato não atende às reivindicações da categoria, que apresenta defasagem de cerca de três mil servidores, de acordo com dados do Sindipol-MG.

Segundo a Secom, no último dia 5 uma reunião entre representantes do Sindicato dos Policiais Civis e a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado foi realizada para tentar resolver o assunto. Uma nova reunião está agendada para o dia 25 deste mês.
Fonte: G1

Há movimentos da PM em outros estados, veja:

Alagoas

Rondônia

Os governadores têm que valorizar a segurança pública em seus estados, melhorar as condições de trabalho, salários, promoções e outras medidas nas Polícias Militares de cada estado.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lista de promoção à graduação de Cabo PM/ e BM da Polícia Militar da Bahia.

Lista de antiguidade dos soldados 1ª Cl Pm/Bm para a promoção de Cabos 2011

O Diretor do Departamento de Pessoal da PMBA, no uso de suas atribuições e considerando diretriz do comandante-geral da corporação, resolve:

1. DIVULGAR a relação provisória dos 350 (trezentos e cinquenta) Soldados 1ª Cl do QPPM e dos 41 (quarenta e um) Soldados 1ª Cl do QPBM, mais antigos de seus respectivos quadros, com vistas à elaboração da lista de antigudiade definitiva para acesso à graduação de Cabo PM/BM, na forma dos Anexos I e II desta Nota;

2. CIENTIFICAR que, a partir da presente divulgação, passa a correr o prazo, improrrogável, de 20 (vinte) dias para a interposição de recursos pelos interessados, os quais deverão ser apresentados por escrito e dirigidos ao Diretor Departamento de Pessoal da PMBA.

Quartel aos Barris, 28 de abril de 2011.

NIVALDO NASCIMENTO DOS ANJOS – Cel PM
Diretor de Pessoal

Veja as listas da chamada para cabo PM e BM

Lista de Cabos PM

Lista de Cabos Bombeiros

Lista atualizada de Cabos

Campanha do desarmamento: falta controle das armas ilegais

Jornal da Band

pauta@band.com.br

O governo federal lança a terceira campanha pelo desarmamento da população. As duas anteriores recolheram mais de meio milhão de armas e, mesmo assim, não conseguiram reduzir os homicídios. Ainda falta o mais importante, o controle das armas ilegais usadas pelos criminosos.

A campanha foi antecipada para coincidir com o primeiro mês após o massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça destacou que pretende desarmar o Brasil, reduzir a violência e as mortes.

Mas as estatísticas do próprio governo mostram que o desarmamento da população não reduziu as mortes violentas. Em 1998 foram registrados 41.950 homicídios no país. Apesar da primeira campanha pelo desarmamento, aconteceram 47.578 mortes em 2005.

E, mesmo depois de a legislação ter dificultado a compra e a posse de armas, o número de assassinatos alcançou 50.113 em 2008, último dado oficial disponível. Em dez anos, esse tipo de crime cresceu quase 20%.

Sete em cada dez homicídios são cometidos usando-se armas de fogo, a grande maioria delas ilegais. Nas duas campanhas anteriores, o governo diz que recebeu 550 mil armas.

Na nova campanha de desarmamento, o governo vai pagar entre R$ 100 e R$ 300 por cada arma entregue, que será destruída imediatamente. Além disso, a pessoa não será obrigada a se identificar.

Essas medidas são consideradas temerárias pelos especialistas. O promotor Roberto Tardelli lembra dois casos de pessoas mortas por ladrões no Rio de Janeiro e em São Paulo. As cenas foram gravadas por câmeras de segurança. Mas, com a garantia de que terão a identidade preservada, os bandidos poderão entregar as armas usadas no crime.

“Nós vamos agora comprar a arma usada no crime logo após ser utilizada, destruir provas importantes e a possibilidade de elucidação de crimes. E mais, vamos pagar por isso”, disse o promotor.

O governo lança nesta sexta-feira mais uma campanha de desarmamento da população. Mas as
estatísticas do próprio Ministério da Justiça indicam que o problema não são as armas legais e sim as ilegais, que estão nas mãos dos criminosos.

Segundo estudos do ministério, o Brasil é o campeão mundial de mortes por arma de fogo. Isso significa que é mais fácil ser baleado e morto no Brasil, do que na guerra civil na Líbia.

São 34 mil assassinatos por ano e 16 milhões de armas circulam pelo país. Quase metade ilegais. E são estas as responsáveis pela grande maioria dos assaltos e assassinatos.

Nos cinco Estados com maior número de armas legais, ocorreram 9% de homicídios. Já em outros cinco Estados com menor quantidade de armas registradas, aconteceram 26% das mortes.

A maioria das armas ilegais entra pelas fronteiras, como a do Paraguai. A Band mostrou como é fácil comprar uma arma em Ciudad del Este. Segundo a denúncia, um motoboy entrega a arma no Brasil.

Mas, se um cidadão quiser comprar e portar uma arma legalmente, um direito garantido por lei, vai pagar caro, esperar meses e pode nem conseguir. Na década de 1190, só o Estado de São Paulo concedia em média 90 portes de arma por ano. Atualmente, a lei está tão rígida que em 2010 apenas 47 paulistas receberam a autorização.

Em 2005, o brasileiro decidiu, por meio do voto, que o cidadão teria direito de possuir uma arma.
Mesmo assim, depois do massacre de Realengo, quando um jovem invadiu uma escola e matou 12 estudantes, no Rio, o tema voltou ao debate.

Vários políticos aproveitaram a oportunidade para defender um novo plebiscito para decidir a questão. Um absurdo, na opinião do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Luiz Flavio Borges D’Urso. Para ele, o que falta é o Estado cumprir sua missão, de combater o negócio ilegal de armas.

Editorial

O governo brasileiro, apoiado por políticos demagógicos e oportunistas, tenta impor à população uma ideia falsa: a de que uma campanha de desarmamento vai reduzir a criminalidade. Comanda esta ofensiva mentirosa o ministro da Justiça, omitindo fatos que explicariam a realidade do crime no país.

E os fatos são claros: a ameaça vem das armas clandestinas que o ministro e seu governo deveriam combater. E não das armas legais dos cidadãos honestos. Se elas forem retiradas de circulação, restarão apenas as dos bandidos - o que só pode aumentar o perigo de assaltos e de assassinatos.

É chocante como a força da demagogia tapa os olhos de quem deveria ver com mais clareza este cenário, tão simples e tão trágico. Ao empunhar a bandeira da mentira, o ministro e sua campanha de convencimento agridem, não só a realidade brasileira, mas também a vontade da maioria da população.

Há pouco tempo, ela exigiu, em um referendo, o direito de o cidadão honesto ter a sua arma.

Exigência legítima, que é praxe em quase todo o mundo, até para se defender sim, em um país em que o Estado não cumpre o seu papel na segurança pública.
 

Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os desafios do novo Comandante da PMBA


Hoje, solenemente, o Coronel PM Alfredo Braga de Castro assumiu o Comando da Polícia Militar da Bahia, instituição com cerca de 30.000 homens, cada um deles com anseios profissionais próprios, e todos eles ansiosos para conhecer as diretrizes e princípios que caracterizarão os próximos tempos na PMBA.


Ouve-se aqui e ali que “nada mudará”, que as dificuldades irão permanecer as mesmas. Mas basta que o novo Comandante cometa um erro para que a histeria comece, e digam: “Este comandante não é bom. Se fosse outro, agiria diferente. Isto é algo tão simples de resolver…”. Escolhamos: ou é possível ou não é possível evoluir.

Sabemos também que o comandante apenas, sozinho, não fará muito. Quanto melhor for sua equipe, quanto melhor adequar as funções às aptidões, melhores serão os resultados. E mesmo assim, compreendemos, nem tudo será perfeito.


Mas é possível entrar para a história. A Polícia Militar da Bahia está inserida numa dinâmica complexa, no turbilhão de causas e efeitos existentes na segurança pública. E a própria PMBA possui também suas idas e vindas, sempre sujeitas às cobranças políticas e sociais. Neste ambiente multifatorial, exige-se coragem, desprendimento e habilidade dos que se propõem como lideranças ativas.

Na PMBA não são poucos os desafios, embora certamente não tenha faltado boa vontade em outros comandantes – que não podem, individualmente, serem responsabilizados por rumos equivocados, alguns deles problemas crônicos enfrentados pela corporação atualmente, mas que se originaram de perversões de anos atrás, décadas. E mesmo que esse tipo de condenação seja possível, o que importa agora é o que está por vir, é não permanecer errando.

A primeira questão que precisamos enfrentar se refere à educação, sempre descuidada em nosso país, nas diversas áreas profissionais. Se o policial que queremos é humano, comunitário, negociador e pacificador, precisamos ressaltar incondicionalmente tais aspectos em nossa formação. As Escolas de Formação de Praças e a Academia da Polícia Militar precisam de estrutura física, pessoal e cultura de formação (formal e informal) adequadas a este ideal de policial.

A formação condicionante, pautada num imaginário dum policial rígido e objetivo, ignorante das dimensões humanas subjetivas, carente de habilidades de negociação, não é o policial que vemos na rua, que felizmente e aos poucos aprende alguma flexibilidade e se distancia do limitado ideal de comando e controle. E não podemos esquecer, naturalmente, da técnica indispensável para a sobrevivência – o tiro policial, a defesa pessoal, a técnica de abordagem, o preparo físico etc.

Por outro lado, é preciso pensar na correção das condutas. A corrupção policial desmoraliza e tira a credibilidade da instituição, assusta a grande maioria de policiais honestos, desmotivando-os e intimidando-os. Se as perversões ocorrem em níveis estratégicos o absurdo se aprofunda, o exemplo, base da hierarquia e disciplina, é estraçalhado e anulado.

Ainda falando de política correcional, precisa-se admitir que a detenção enquanto forma de punição para desvios disciplinares é ao mesmo tempo indigna e ineficiente. O direito de ir e vir é caro à democracia, e apenas crimes com alguma gravidade devem ser penalizados com o cerceamento a este direito. Quando desvios funcionais de servidores públicos são punidos com detenção, a Administração Pública apenas “se vinga” do faltoso, que sente mais pela perda da contagem do período de licença prêmio do que por outro motivo. Extinguir a punição de detenção seria uma demonstração clara de valorização da imagem e integridade do policial, e um indicador de preocupação com a eficiência das punições, que deveriam ser realizadas via outro mecanismo.

Um terceiro ponto é a valorização profissional através do incremento da carreira. É inconcebível que tenhamos em nossos quadros servidores com mais de vinte anos de carreira, boa parte deles sem sequer uma punição durante sua vida profissional, ostentando a mesma graduação de início. Ajustar as carreiras é um tremendo desafio, mas é inadiável promover nossos soldados a cabos/sargentos, ou, novamente, como haveremos de exaltar a hierarquia da instituição?

O Quadro Complementar precisa ser iniciado, aos poucos, pelo menos. Comecemos por selecionar e empregar policiais psicólogos em unidades como as CIPT (RONDESP), que vivem uma rotina de estresse e traumas. Empreguemos comissões de administradores nos Comandos Regionais, para assessorar os comandantes no diagnóstico, planejamento, monitoramento e avaliação das ações, intensificando a gestão inteligente da atuação policial.

Também é preciso ouvir. A tropa precisa de ouvidos, mesmo que a curto prazo as lamentações não tenham resoluções. Os administrados precisam saber sobre o rumo das coisas, precisam sentir-se parte de uma equipe, sem boatos. Ferramentas não faltam para a interação e diálogo.

Para alguns, essas humildes sugestões e reflexões parecerão pouco. Para outros, parecerão muito. Os primeiros enfatizam apenas os fins, a urgência de melhoria. Os últimos enfatizam os meios, as inúmeras atribuições e burocracias próprias da função de comando. Para este autor, dono de apenas um entre os 30.000 modelos de PMBA existentes na corporação, tais princípios iniciariam uma caminhada histórica, a ser desenvolvida por quantos sejam os comandantes vindouros. Salvo melhor juízo do novo Comandante Geral, a quem ofereço minhas esperanças e disposição profissional.



Fonte: Abordagem Policial