quarta-feira, 30 de março de 2011

Carta anônima de indignação; publicada na net

Leia e reflita

Infelizmente, grande maioria dos policiais não tem consciência, atitude e coragem para tranformar essa situação, pois vão alegar que precisam da hora extra para complementar a sua renda. Eu sei que a situação está caótica, mas se não tomarmos uma decisão não mudaremos nunca.

 INDIGNAÇÃO E MUDANÇA (se você é Policial, não deixe de ler)

Ironicamente, no mesmo ambiente em que morreu o menino Joel (e foi o maior espetáculo da mídia baiana), um policial foi gravemente ferido no rosto, em pleno serviço EXTRAORDINÁRIO, no que se discorre com a perda da visão do mesmo, e o pior: foi PROIBIDA a resposta imediata ao atentado. Dessa tragédia só se ouve falar em indignação, no entanto, nada nós fazemos para demonstrá-la. Analisemos os fatos.

Nesse momento, há policiais sendo julgados e, muitas vezes, tendo suas liberdades covardemente cerceadas, porquanto os foram lamentavelmente apresentados pelo destino, como inimigos, muitos conterrâneos negros e/ou pobres, vítimas da negligência governamental que os tem posto à margem da sociedade. Desse desleixo dos políticos, milhares de pessoas vivem em palafitas imundas, becos e vielas intransitáveis, sem o mínimo de saneamento, convivendo com os ratos e sem o básico necessário para o pleno exercício da “dignidade da pessoa humana”, prevista na constituição e na Declaração dos Direitos Humanos. No entanto, esses mesmos excluídos, quando são necessariamente tratados de forma ríspida por nós policiais, servem de “bode expiatório” para promoções políticas e sensacionalismo midiático, justamente alegando termos faltado com o respeito a essa mesma dignidade. Irônico, não é mesmo? “Olha lá o Policial batendo no menino/estudante/trabalhador”.

E ainda vem correntes de “poliçólogos” invadirem a seara da psicologia para falar que nossas atitudes agressivas são fruto da mentalidade machista que, segundo eles, nos inspira. Nisso eles se apegam para alegarem violência de nossa parte e nos mandarem para as grades do Batalhão de Choque ou, na pior das hipóteses, júri popular e sela comum, simplesmente para aumentar seus prestígios e intensões de voto.

Qual a maior agressão sofrida por esse povo? Excessos à parte (sabemos que eles existem), não se deve comparar o uso do tom firme de voz e força necessária esporadicamente usada ao abandono em que se encontra a indigente massa dos que vivem com fome e outras privações desde o nascimento. Há de se convir que o uso da força muitas vezes é de extrema necessidade, no país que a população ignorante fica entregue à sorte, e as leis são nitidamente avacalhadas em rede nacional pelos escândalos políticos transmitidos pelos telejornais. Mas eles sempre se esquivam do ônus da culpa. A câmera filma sempre o policial coercitivo, nunca a tragédia humana diária. A mídia é deles.

O nosso papel como Policiais Militares nesse circo é o de PALHAÇO. Somos os PALHAÇOS que, necessitados do dinheiro a mais no contracheque, fazemos o jogo deles, lotando as ruas de viaturas COM GIROFLEX LIGADO, em comboio, fazendo blitz, operação verão, Cooper, CTS, CHS e induzindo a população a dizer: “O Governador está trabalhando mesmo!”. Nos desgastamos nessas jornadas massacrantes de serviço diuturno justamente para pagar aquilo que é o básico para nossa segurança e de nossas famílias, mas que a nossa remuneração, sozinha, não nos permite comprar (meio de transporte próprio e moradia descente). No entanto, servimos sempre de veículo de manobra da opinião pública. Somos, junto com a mídia, o motor propulsor desse SISTEMA MISERÁVEL. Somos os PALHAÇOS que, pior que todas as coisas, tomamos um TIRO NO OLHO e perdemos a visão por um dos piores salários das Polícias do Brasil.

O fato é que, em pleno serviço de NAZIREU (serviço extra), o colega tomou um tiro, perdeu a visão e os demais foram PROIBIDOS de reagir pra não “dar merda”, ficando a cargo da Polícia Civil depois investigar. Isso é a mais pura e deslavada atitude covarde dos dirigentes dessa corporação. Evitou-se uma reação para não macular a IMAGEM DO GOVERNADOR. Isso é uma desgraça. Isso legitima tiros contra qualquer viatura a partir de agora, já que eles atiraram e não deu em nada. Quantos colegas irão morrer ao andarem pelas ruas de Salvador? Pode ser eu e pode ser você.

Se os Praças dessa Polícia tomam um TIRO NO OLHO, em pleno serviço EXTRAORDINÁRIO - para promover um Governador que é contra o aumento do nosso salário, diz que nós ganhamos demais pra o que fazemos e traduz em diversas outras frases o seu desapreço pelos membros dessa corporação, para que nós vamos continuar fazendo o jogo deles?

As jogadas políticas agora são patrocinadas por nossas vidas e integridades físicas. É o voto a qualquer custo.

Sei que todos nós precisamos de um dinheiro a mais, mas eu te peço: Se você é Policial Militar da Bahia e consegue se imaginar no lugar do colega que tomou um tiro no olho, façamos agora uma reação LEGAL e URGENTEMENTE NECESSÁRIA. Vamos tirar nossos nomes das escalas de servido extra pelo menos três meses, para que possamos dar a nossa resposta a esse sistema maldito. Vamos sair das ruas. Chega de promover aquele que nos oprime.

Façamos um esforço pra mudar.

Que se fd NAZIREU, COOPER, CHS, CTS, OPERAÇÃO VERÃO. Fiquemos nessa situação pelo menos três meses. O que está em jogo agora é nossa segurança e essa resposta pode repercutir na melhoria do nosso salário, defasado e humilhante. COMPANHIAS INDEPENDENTES, BPCHOQUE, CAVALARIA, ÁGUIA, RONDESP, RODOVÁRIA/TOR, GRAER, COPPA E BATALHÕES vamos nos unir para dar uma resposta.

Foi um ente da Família Policial Militar da Bahia que perdeu a visão. VAMOS AGIR AGORA.

Fonte: Internet

Obs: Esta é parte de uma carta anônima publicada na net certamente por alguém próximo do policial ferido em serviço, que infelizmente, perdeu a visão de um olho.

Estou publicando esta mensagem neste blog simplesmente em caracter de divulgação para que todos os colegas de profissão saiba como anda a nossa segurança pública no país. As leis não mudaram no país, são as mesmas de anos atrás, o que mudou foi a consciência do povo, as coisas mudaram e hoje em dia não se admite mais  a truculência policial, ou seja, a violência cometida por policiais. É certo que o colega foi ferido em serviço e o estado tem por obrigação de amparar o policial e sua família neste momento, reparando a dor e o sofrimento deste bravo agente da lei, que foi ferido em combate. Com isso, os policiais passaram a ser mais vigiados em seus atos.

Agora, trantando- se da represária pelo fato ocorrido, devemos usar a lei ao nosso favor e não contra nós. Portanto, toda ação requer uma reação, nisto é que devemos usar a lei para nos amparar legalmente. Quero dizer que somente devemos usar a força policial de acordo a necessidade dos fatos.

Poderia sim haver uma reação na hora do crime cometido contra o policial. não bem como desenrolou a ocorrência naquele dia, salientando que, este pronunciamento é de alguém revoltado com o atual sistema de segurança pública vivido na Bahia e no Brasil, precisamos de mudanças urgentes, tanto na corporação como nas leis, tendo que haver uma reforma total no código penal brasileiro e outros.
Veja o diz a lei

Código Penal

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Continuemos a lutar sem perder a razão e que Deus proteja a todos!!

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