quarta-feira, 27 de abril de 2011

‘Temos carência de policiais’, diz secretário sobre assaltos a bancos no interior

A força-tarefa foi anunciada pela SSP no dia 4 de abril, em reação aos assaltos recorrentes


Ronney Argolo | Redação CORREIO ronney.argolo@redebahia.com.br

Estão presos na 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, em Itabuna, Sul do estado, três integrantes da quadrilha que assaltou a agência do Banco do Brasil de Uruçuca, na madrugada de sábado. Eles foram capturados na noite do mesmo dia.

Adenilton Ribeiro Rodrigues, conhecido como Negão, Flávio Elias de Souza, o Gogoh, e Joilson Pereira Silva, o Primo, foram detidos por agentes da Polícia Rodoviária Federal em Buerarema.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os três confessaram o crime. Ontem, o titular da pasta, Maurício Barbosa, atribuiu as prisões à força-tarefa criada há duas semanas para inibir delitos desse tipo no interior - este ano, já foram 19. “Com isso, já conseguimos impedir alguns crimes. Mas não podemos divulgar o nome das quadrilhas, para não atrapalhar as investigações”, disse. O valor roubado e a ficha dos assaltantes não foram revelados pelo delegado Moisés Damasceno, responsável pelo caso.

A força-tarefa foi anunciada pela SSP no dia 4 de abril, em reação aos assaltos recorrentes no interior. O banco de Uruçuca já tinha sido roubado há dois meses. O mesmo aconteceu em Lagoa Real, onde a agência do Banco do Brasil sofreu dois atentados este ano, um no dia 10 de março e outro 14 deste mês.

Segundo o secretário, o interior vira alvo porque os bandidos procuram lugares sem câmeras e com poucos policiais. “A preferência é por cidades que fazem divisa com outros estados, já que a maioria das quadrilhas é formada por fugitivos de fora da Bahia, mas que conhecem o interior”, afirma Barbosa.

Para ele, casos de reincidência dos assaltos só podem ser evitados com ações de médio prazo. “Não adianta eu colocar policiais em agências que já foram assaltadas. O que resolve é fortalecer a inteligência, mapear o trajeto das quadrilhas e não deixar o crime acontecer”, avalia.

Plano

A proposta da SSP é que a força-tarefa seja uma parceria entre as polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal e o Ministério Público. Eles devem compartilhar dados sobre criminosos e entender o trajeto dos assaltantes.
Segundo o secretário, quatro quadrilhas já foram desmembradas devido às investigações. 

Maurício Barbosa afirma ainda que 50 policiais civis passaram por treinamento na semana passada para combater assaltos a banco. O secretário garante que mais 500 policiais serão contratados e treinados até o final do ano. “Também vamos comprar 120 carros até o final do semestre”, completa.

ASSALTOS MAIS RECENTES

5 de Abril Campo Alegre de Lourdes Cerca de dez homens mascarados assaltam agência do Branco do Brasil e fogem levando reféns.

10 de março  Lagoa Real Quadrilha assalta Banco do Brasil, e vigilante da agência morre após levar tiro na cabeça.

3 de março  Wanderley Grupo de 14 homens, armados com fuzis e pistolas, chega atirando nos vidros do Banco do Brasil e realiza o assalto.

1º de março Paripiranga Bandidos desligaram o sistema do Banco do Brasil e arrombaram o cofre durante a madrugada.

25 de fevereiro Condeúba Homens com máscaras de monstro roubam banco e, na fuga, jogam dinheiro para o povo.

8 de fevereiro  Presid. Tancredo Neves Bandidos  encurralaram policiais, e gerente do banco foi baleado no pé.

7 de fevereiro  Formosa do Rio Preto Oito homens chegaram em duas caminhonetes, armados com fuzis. Reféns foram usados como escudo.

7 de fevereiro  Macarani Bandidos armados arrombaram os caixas eletrônicos da agência e fugiram com dinheiro.

31 de janeiro  Piripá  Bandidos roubaram um caixa eletrônico do Banco do Brasil e ainda levaram o carro de um PM que estava à paisana.

19 de janeiro Remanso Usando fardas da Polícia Militar, bandidos roubaram banco da cidade.

19 de janeiro Sítio do Quinto Quadrilha com 15 homens assaltou agência dentro da prefeitura.

‘Temos carência de policiais’, diz secretário.
 Maurício Barbosa, titular da pasta da Segurança Pública, falou ontem sobre o problema dos assaltos a bancos no interior e como o governo enfrenta o problema.


Por que os assaltos no interior são recorrentes?


Formamos 50 policiais civis para trabalharem especificamente com assalto a banco no interior. Já temos autorização para comprar 120 carros novos e um avião para fazer o deslocamento de policiais. E temos outras ações previstas. Pretendemos investir mais no policial militar. Até o final do ano, serão mais de 500 novos policiais.

Quais resultados já foram alcançados?

A ação é de médio a longo prazo. Vamos reforçar os grupos especializados agora.  Não adianta colocar policiais em agências que foram assaltadas. O que resolve é fortalecer a inteligência, mapear o trajeto das quadrilhas e não deixar o crime acontecer.

A principal é coordenar ações entre polícias, Ministério Público, órgãos federais, e trocar informações de inteligência. Vamos seguir quadrilhas, mapear e impedir o crime antes que aconteça. Já conseguimos impedir alguns, mas não podemos divulgar o nome das quadrilhas.

Que medidas serão tomadas?

Os criminosos se atraem pela ausência de câmeras e poucos policiais. Preferem cidades que divisem com outros estados, já que a maioria das quadrilhas é formada por fugitivos de fora da Bahia, mas que conhecem o interior. Temos carência de policiais. A Bahia é muito grande.

Quais as metas da força-tarefa contra esses assaltos?

Lagoa Real No segundo assalto do ano, bando armado explodiu caixas eletrônicos do Banco do Brasil e fugiu com dinheiro.


É falta de policiais ou falta de governo?
Na verdade, a Bahia não tem uma segurança pública adequada, a Polícia Militar é mau estruturada, sem política de combate ao crime, sem equipamentos, sem veículos e sem nível para lhe dar com bandidos especializados.

" O Policial Militar deve enxugar gelo"

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Polícia divulga novo vídeo de atirador gravado há pelo menos 9 meses

Gravação estava em disco externo acessado pela última vez em julho de 2010.
Autor de massacre disse que pessoas o veriam de 'maneira mais radical'
.

Tássia Thum Do G1 RJ
 
Em um vídeo recuperado pela polícia nesta quarta-feira (13), Wellington Menezes de Oliveira – o atirador que matou 12 crianças no ataque a uma escola em Realengo, na Zona Oeste da cidade – dá sinais de que estaria premeditando o massacre há alguns meses. O material estava em um HD empoeirado e fora do computador, encontrado pelos agentes na casa dele.

"A maioria das pessoas que me desrespeitam, acham que eu sou um idiota, que se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente (..) descobrirão quem sou pela maneira mais radical", diz Wellington na gravação revelada pela polícia.

Ele também comenta que “uma ação fará pelos seus semelhantes que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, como escolas e colégios”.

De acordo com o diretor geral de Polícia Técnica e Científica do Rio, Sergio Henriques, o último acesso feito no HD foi em julho de 2010.
Henriques diz que o texto proferido por Wellington mostra sinais de esquizofrenia e não quis se precipitar em afirmar se o massacre à escola já estaria sendo preparado pelo atirador desde o ano passado. Henriques descartou ainda a hipótese de associação do atirador a grupos terroristas, como a Al-Quaeda.

“O armamento utilizado por ele, um revólver calibre 38 e outro calibre 32, não é de uso característico de terroristas”, concluiu Henriques.

A polícia tenta recuperar os dados e os arquivos que estavam no outro HD utilizado por Wellington e que foi queimado por ele. Para isso, o Instituto Criminalística Carlos Éboli (ICCE) vai utilizar um software desenvolvido pelo FBI (departamento de investigação dos Estados Unidos).

“Primeiro estamos recuperando o material que está nesse HD íntegro. Em seguida, vamos partir para o HD queimado, que pode ser um trabalho mais demorado”, declarou Henriques.

Atirador fala sobre razões de ataque em outros dois vídeos

Em dois vídeos supostamente gravados dias antes do ataque, Wellington fala sobre as razões para atacar os estudantes. Nas imagens, ele tem a mesma fisionomia e está no mesmo local de uma foto usada em um perfil atribuído a ele no site de relacionamentos Orkut. Aparentemente, o próprio rapaz gravou o vídeo.

Wellington fala de maneira confusa sobre os supostos motivos do crime e culpa pessoas que chama de "covardes" pelo ato que cometeu.

"A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”, afirma.

Na segunda parte do vídeo, o assassino dá detalhes do longo planejamento da ação e diz porque tirou a barba de forma premeditada.

"Os irmãos observaram que eu raspei a barba. Foi necessário, porque eu já estava planejando ir ao local para estudar, ver uma forma de infiltração. Eu já tinha ido antes, há muitos meses. Eu fui. Eu ainda não usava barba. Eu fui para dar uma analisada”, diz.

O atirador também diz que esteve na escola dois dias antes do massacre. “Hoje, é segunda, terça-feira, aliás. Eu fui ontem, segunda. Hoje é terça-feira, dia 5. E essa foi uma tática para não despertar atenção.

Apesar de eu ser sozinho, não ter uma família praticamente... eu vivo sozinho, não tenho pessoas a dar satisfação. Mas, como eu precisava ir ao local e interagir com pessoas, para não chamar atenção, eu decidi raspar a barba”, afirma.

Fonte: G1

Polícia investiga causas do acidente que matou PM em Salvador

Viatura capotou com quatro pessoas na BR-324, na noite de sábado.
Agente ferido deve passar por cirurgia na tarde desta segunda-feira.
Do G1 BA

PM investiga causas do acidente que matou policial em Salvador (Foto: Gilson Santos/VC no G1)
Viatura envolvida no acidente ficou parcialmente
destruída (Foto: Gilson Santos/VC no G1)
 
O policial militar Anilton Pedro dos Santos deve passar por uma cirurgia no início da tarde desta segunda-feira (11), em uma clínica particular no bairro Canela, em Salvador. Ele foi internado em estado grave na noite de sábado (9), com fratura exposta no braço direito, após acidente com viatura, na BR-324, que ocasionou a morte do policial militar Carlos José Araújo de Carvalho.

Carlos foi sepultado na tarde do domingo (11), na cidade de São Gonçalo dos Campos, a 108 km de Salvador. Ele era casado e a mulher estava grávida de um mês e meio. Na viatura também estavam o PM Sérgio Queiroz da Cruz e a civil Adriana Coelho dos Santos. Ambos sofreram ferimentos leves e já tiveram alta médica.

O acidente

Fonte da PM informa que os policiais foram checar uma ocorrência no bairro de Cajazeiras X, onde é lotada a 3ª Companhia. Após ocorrência flagrada, os policiais encaminharam o acusado de agredir a esposa à Delegacia da Mulher e, ao retornar para a região, junto com a vítima, o PM Carlos José Araújo perdeu o controle da direção. O acidente teria sido agravado pela chuva forte da noite de sábado. O comandante Anilton Pedro dos Santos estava no banco do carona.

A capitã Roseli, subcomandante da 3° Companhia da Polícia Militar, diz que o processo está sendo instaurado e que o prazo de divulgação é de 30 dias. “No momento, não temos como declarar nada. O fato concreto só depois da investigação”, afirma. A assessoria de comunicação do Departamento de Polícia Técnica informa que a vistoria já foi feita, mas que o laudo será repassado ao delegado que investiga o caso em dez dias.

Fonte: G1 Bahia.

domingo, 10 de abril de 2011

Adolescente de 15 anos mata um garoto da mesma idade na entrada do show de Edu & Maraial

Um adolescente de nome Hebert, 15 anos atirou num outro garoto da mesma idade.

O garoto estava junto com amigos na entrada do portão de entra para o show de Edu & Maraial, no Parque de Exposições de Jequié.

 O adolescente morto chama-se Marcos Silva Santos, 15 anos, morador da Rua da Banca, ele foi assassinado a tiros quando se preparava para entrar no show na noite de sábado (09). Segundo a PM, houve um atraso no show das bandas Edu e Maraial e Trio da Huana, no meio do tumulto um garoto de 15 anos sacou o revolver e atirou em Marcos. Uma bala perdida também acertou o pescoço de Maria Lucia Borges Oliveira, 52 anos, moradora da Rua Bruno Neto. Ela está internada no HGPV.

O autor dos disparos teve uma tentativa de linchamento por parte da população. O adolescente sofreu vários ferimentos e teve de ser encaminhado para o Hospital.

É mais uma investida de criminalidade em Jequié, onde o tráfico de drogas reina solto na cidade. Há também uma distribuíção de armas de fogo crandesstina circulando em Jequié e o ministério público nada faz para impedir que cada dia jovens entrem no crime, pois, nada é feito para mudar isso. Uma vez que não há na cidade um local para menores inflatores.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Assassino disparou ao menos 60 tiros em ataque à escola no Rio, diz polícia

Armas de Wellington foram apresentadas nesta sexta-feira (8).
Ele apresentava transtornos mentais, segundo investigadores.

Armas e munições utilizadas por Wellington (Foto: Thamine Leta/G1)

                                        Armas e munições utilizadas por Wellington
                                                                     (Foto: Thamine Leta/G1)

A polícia apresentou nesta sexta-feira (8) os revólveres utilizados pelo assassino Wellington Menezes de Oliveira, e as cápsulas disparadas por ele, além de um cinturão e de um carregador de munições usados no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Morreram 12 alunos no tiroteio, e o atirador se suicidou após ser alvejado pela polícia.
“Foram recolhidas pelo menos 60 cápsulas, o que indica o número de tiros que ele disparou. Segundo os depoimentos, ele usava as duas armas ao mesmo tempo”, disse o delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore.

A Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) vai investigar a procedência dos revólveres utilizados pelo criminoso. Segundo Ettore, até o momento, sabe-se que uma das armas foi roubada em 1994 de um sítio. O outro revólver está com a numeração raspada.
O delegado afirmou que não é necessário treinamento específico para usar um revólver. “Não é complexo utilizar esse revólver, não precisa de treinamento especializado”, explicou.
Além disso, a polícia informou ter encontrado outras 25 balas intactas que poderiam ter sido usadas pelo atirador se ele não tivesse sido surpreendido por PMs durante o ataque.

Atirador apresentava transtornos mentais, diz polícia

armas (Foto: Thamine Leta/G1)
Felipe Ettore, que investiga o massacre, afirmou que relatos de familiares e conhecidos de Wellington apontam que o atirador tinha problemas mentais.

“Segundo os relatos, Wellington era uma pessoa muito introspectiva, não tinha amigos, nunca teve uma namorada. Andava sempre de calça comprida, nunca saia de casa. A indicação é de que ele tinha problemas mentais”, explicou Ettore. Ainda segundo o delegado, não foram encontrados remédios na casa do atirador.

Depoimentos

A Polícia Civil ouviu na noite de quinta-feira (7) professores e diretores da escola, além de uma tia do atirador e dois primos. “Os relatos foram fundamentais para traçarmos o perfil dele. Queremos entender o que levou Wellington a cometer esse crime, disse Ettore.
Segundo o delegado, a polícia aguarda o laudo pericial do local e o laudo cadavérico para prosseguir nas investigações.

Internados

Ele respira com o auxílio de aparelhos e seu estado é considerado estável. A menina, atingida no abdômen e na coluna, foi operada no Hospital Albert Schweitzer. Ela também está sedada, respira por aparelhos e segue com acompanhamento rigoroso. Os dois estão no CTI pediátrico da unidade.

Outro estudante que também está em estado grave, é um menino de 14 anos, baleado no abdômen e na mão. Internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, ele está sedado, respirando por aparelhos e sob cuidados intensivos.

Dois pacientes que estão no Hospital Albert Schweitzer, o menino de 13 anos, que teve fratura de antebraço, está estável, em observação, mas sem previsão de alta. O outro menino, de 12 anos, atingido no abdômen, foi encaminhado ao CTI pediátrico, no pós-operatório, sendo acompanhado pela equipe de cirurgia geral, ortopedia e pediatria. Não há previsão de alta.

Ele respira com o auxílio de aparelhos e seu estado é considerado estável. A menina, atingida no abdômen e na coluna, foi operada no Hospital Albert Schweitzer. Ela também está sedada, respira por aparelhos e segue com acompanhamento rigoroso. Os dois estão no CTI pediátrico da unidade.

Outro estudante que também está em estado grave, é um menino de 14 anos, baleado no abdômen e na mão. Internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, ele está sedado, respirando por aparelhos e sob cuidados intensivos.
Dois pacientes que estão no Hospital Albert Schweitzer, o menino de 13 anos, que teve fratura de antebraço, está estável, em observação, mas sem previsão de alta. O outro menino, de 12 anos, atingido no abdômen, foi encaminhado ao CTI pediátrico, no pós-operatório, sendo acompanhado pela equipe de cirurgia geral, ortopedia e pediatria. Não há previsão de alta.

Saiba mais
No Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, o menino, de 14 anos, que sofreu uma lesão vascular grave no ombro direito, foi operado, passa bem, está estável, lúcido e orientado, no CTI pediátrico. Não há previsão de alta.

No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Centro do Rio, estão internados um menino e uma menina, ambos de 13 anos. O menino, baleado no braço, apresenta boa recuperação cirúrgica e está em observação. A menina, baleada nas mãos, também passou por cirurgia e está em observação. Os dois estão na enfermaria pediátrica.

No Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte, o menino, de 13 anos, baleado na perna e no braço, segue estável e seu quadro clínico evolui bem. O mesmo acontece com o estudante baleado na cabeça, na mão e na clavícula, internado no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, na Zona Norte. Ele está no CTI pediátrico, mas passa bem e está estável.

Tragédia no Rio - Video mostra momento que o atirador dispara contra as crianças em escola


VALE ESTE: Info sobre ação do atirador em Realengo (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fonte: G1

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia no Rio; Atirador mata 11 estudantes e suícida-se.

Massacre no Rio // Tasso Marcelo AE (Tasso Marcelo AE)

Um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro, entrou na manhã desta quinta-feira, 7 de abril, disparando dois revólveres. No ataque, ao menos 11 crianças morreram. Segundo o governador do Estado, Sérgio Cabral, o atirador, que teria 24 anos, teria sido atinigido na perna por um policial antes de se matar.

O Atirador

Reprodução (Reprodução)

Polícia divulga foto do atirador que entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira. Aos menos 11 pessoas morreram, além do suspeito, que deixou carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira.

O atirador deixou uma carta

Na carta divulgada pela Polícia Civil, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou ao menos 11 crianças numa escola municipal em Realengo, na zona oeste do Rio, parece já saber que seu destino é a morte. Num trecho, ele deixa instruções sobre quem pode mexer em seu corpo e como ele deverá ser enterrado, além de pedir que orem por ele e que sua casa seja doada para alguma instituição que cuide de animais abandonados. Os corpos já foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) da cidade.

Os corpos de nove vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira e do atirador já estão no no IML. Mais dois corpos devem chegar nas próximas horas. A informação é do diretor de polícia técnica científica do Estado, Sérgio da Costa Henrique. As famílias de algumas das vítimas já chegaram ao local para fazer o reconhecimento dos corpos e a expectativa é de todos sejam liberados até o final do dia.

Segundo Henrique, a maioria dos disparos foi feito no tórax e na cabeça. Mas também houve disparos à queima roupa. 'É um trabalho complicado, pois é difícil para pais e mães perderam crianças que estavam no seu auge, estudando'. O diretor acrescentou que toda a equipe do IML foi reforçada para agilizar o reconhecimento. 'Primeiro fazemos as fotos dos corpos para agilizar mas depois da necropsia as famílias vão reconhecer os corpos diretamente.'

Abalada, Ana Paula Sampaio de Oliveira, tia de Karine, de 14 anos, uma das vítimas, contou que ficou sabendo do ataque pelo irmão. Segundo ela, a família tentou ligar para o celular da menina, que estava na oitava série e morava com a avó, mas as ligações não eram atendidas. Ela disse ainda que mais tarde um colega encontrou o aparelho e contou que a menina havia deixado cair ao morrer. 'Karine começou a fazer atletismo há pouco tempo na escola militar de Sulacap. Estava muito feliz e agora aconteceu isso.'

Veja um trecho da carta do atirador

"Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgemsem sua permissão, os que cuidarem do meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está nesse prédio em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível quero, ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme, minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira que está sepultada no cemitério de Murundu"...

Leia toda a carta clicando no link abaixo
Ultimo Segundo; Carta do atirador

Vejas as fotos da trgédia no Rio

Massacre no Rio // Tasso Marcelo AE (Tasso Marcelo AE)

Familiar de criança que estudava na Escola Municipal Tasso da Silveira é consolada por um policial após saber que seu filho era um dos feridos na tragédia. Ao menos 11 alunos morreram, e dezenas ficaram feridos.

Massacre no Rio // Tasso Marcelo AE (Tasso Marcelo AE)

Feridos são retirados do local e encaminhados para o Hospital Albert Schweitzer, próximo à escola alvo de ataque de atirador, em Realengo, no Rio de Janeiro. Alguns dos feridos ficaram em estado grave.

Massacre no Rio // Tasso Marcelo AE (Tasso Marcelo AE)

Homem, que ajudou a socorrer as crianças feridas no massacre, chora em frente à escola, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Agência Estado (Agência Estado)

Corpo de vítima do ataque de ex-aluno a escola municipal em Realengo, no Rio de Janeiro, chega para receber atendimento médico no hospital Albert Schweitzer.

Agência Estado (Agência Estado)

Familiares choram pela perda de crianças no massacre ocorrido nesta quinta, 7 de abril, em escola do bairro de Realengo, no Rio.

Agência Estado (Agência Estado)

A presidente Dilma Rousseff se emociona durante evento, em Brasília, ao falar sobre a morte de crianças de escola pública do Rio de Janeiro. Dilma pediu um minuto de silêncio às vítimas como "nossa homenagem a estes brasileirinhos".

Fonte: Estadão

Sargento Alves, herói que impediu uma tragédia maior
 
O terceiro sargento da Polícia Militar do Rio Márcio Alexandre Alves, lotado no Batalhão de Policiamento Rodoviário, hoje se transformou em herói. O militar, que trabalha na corporação há pelo menos 15 anos, contou ao iG que estava em uma operação policial para repressão ao transporte alternativo, as vans ilegais, quando avistou crianças sujas de sangue vindo em sua direção.

Segundo o policial, as crianças choravam muito e pediam socorro. Ele, então, correu para o colégio e, na porta, ouviu tiros. Sozinho, o sargento Márcio Alves entrou na escola e se deparou com o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, no corredor. Fardado, Alves efetuou disparos de pistola em direção ao tórax do artirador e pediu para ele largasse as armas.

“Acredito que o tiro tenha sido no abdômen (O governador Sérgio Cabral afirmou que o ferimento foi na perna). Ele caiu na escada, consegui impedir que chegasse ao terceiro andar (o prédio da escola tem quatro andares), e se suicidou com um tiro na cabeça. Ele veio com a arma apontada para mim, foi baleado, caiu na escada e cometeu suicídio”.

Logo após o confronto com Wellington, o sargento fez uma varredura na escola antes de tentar socorrer as crianças, pois havia um boato sobre a presença de outro atirador. Há 18 anos na Polícia Militar, Alves disse que a tristeza é grande, mas que também tem o sentimento de dever cumprido.

“Tristeza por essas crianças, tenho filhos, mas também tenho um sentimento de deve cumprido. A tristeza não vai sair fácil da nossa memória, mas cumpri a minha parte. Se eu tivesse chegado 5 minutos antes, talvez tivesse evitado muita coisa”, completou o policial.

Aplausos

Alves deixou a escola às 13h, sob uma salva de fortes aplausos dos alunos, funcionários e moradores da região, em Realengo.

A aposentada Giudete de Vasconcelos, de 67 anos, avó de três alunos do colégio, fez questão de cumprimentar Alves pessoalmente. “Em uma hora dessas, temos que dar valor a esses profissionais. O meu neto poderia ter sido atingido, mas ele está bem em casa. Ele é um herói”, disse Giudete, muito emocionada.

O comandante geral da PM do Rio, coronel Mário Sérgio, disse que o sargento Alves "fez o seu trabalho" e que, se não fosse por ele, "a tragédia seria muito pior".

Fonte: Ultimo Segundo

Sargento foi herói, diz Cabral sobre PM que atingiu atirador em escola

Segundo governador, policial foi chamado por alunos feridos em chacina.
O governador do Rio, Sergio Cabral, disse que o massacre na escola em Realengo só não foi maior pela ação de um herói da Polícia Militar e uma heroína da escola. "Gostaria de agradecer ao herói, o sargento Alves, 3º sargento da PM, que estava participando de uma operação, a dois quarteirões, do Detro junto com o BPRV. E o sargento Alves foi convocado por dois meninos", disse Cabral.

"Outra heroína é a professora da primeira sala que mandou os meninos chamarem socorro. Eles abordaram os policiais e o sargento Alves veio até aqui e o atingiu, já ele acessando o segundo andar; o atingiu nas pernas e depois se matou. A arma já estava pronta para mais disparos", completou.

Segundo Cabral, a primeira pessoa com quem o atirador falou ao chegar à escola foi uma professora. "A professora da sala de leitura conversou com ele e o reconheceu. Pediu um instante e ele cometeu essa covardia contra crianças inocentes".
O prefeito Eduardo Paes também agradeceu a atuação policial em Realengo. "A gente está diante de uma tragédia que podia ser muito pior se não fosse a ação de um PM, um herói que atingiu esse criminoso e conseguiu impedir que ele continuasse esse massacre aqui. Quero agradecer às forças policiais", disse.

Fonte: G1

Pela carta deixada pelo atirador, trata-se de um homem possuído, maníaco, louco, sei lá!!! Não dá para descrever a atitude desse cara não, o certo é que se tornou um monstro para toda a sociedade brasileira.
Lamentável, que o Senhor proteja, abençoe, dê conforto espiritual a essas famílias, que perderam seus filhos de maneira bárbarie!!

sábado, 2 de abril de 2011

Ministério Público critica meta de abordagens na PM





Algumas polícias do Brasil adotaram a prática de impor a seus policiais a quantidade de buscas pessoais que devem realizar durante o turno de serviço. A ideia é que quanto mais abordagens são realizadas em pessoas a pé ou em veículos (ônibus, motocicletas ou carros), mais intimidação há para aqueles que se dispõe a cometer crimes.
Tal iniciativa é controversa, primeiro porque trata-se de uma meta direcionada aos meios, e não aos fins – perdendo, assim, a característica de “meta”. Uma meta válida na área de segurança pública é aquela que busca medir diretamente os resultados do policiamento, e não os meios através dos quais ele está sendo executado. A princípio, não há garantia de que abordagens reduzirão o número de homicídios ou roubo a veículos, por exemplo. Se a meta não está ligada diretamente a esses objetivos, reduzir a quantidade desses crimes, perde sua razão de ser.
O segundo ponto é que a busca pessoal só pode ser realizada, de acordo com o Código de Processo Penal, quando houver fundada suspeita. Como, então, garantir que um policial encontrará determinado número de “fundadas suspeitas” num turno de serviço? Este foi o questionamento feito pelo Ministério Público do Ceará à PMCE:

MP critica meta de abordagem policial imposta por major
O Ministério Público Estadual enviou, nesta quarta-feira (30), ao comandante-geral da Polícia Militar do Ceará uma recomendação que se insurge contra a ordem de um major da Instituição, que determinou aos seus comandados a realização de 25 abordagens diárias, sob pena de incorrer em infração disciplinar grave.
De acordo com os promotores de Justiça André Karbage e José Filho, do Centro de Apoio Operacional Criminal, da Execução Criminal e Controle Externo da Atividade Policial (Caocrim), a abordagem e busca pessoal, sem ordem judicial, conforme o artigo 244 do Código de Processo Penal, só poderá ser efetivada se houver fundada suspeita. A abordagem sem critério fere garantias constitucionais da pessoa, tais como: o direito de locomoção, a intimidade, a dignidade e a imagem, notadamente quando estas abordagens são registradas pela imprensa.
Na recomendação, os promotores de Justiça determinam a imediata revogação da ordem ilegal; a emissão de orientação a todos os oficiais para que se abstenham de adotar medida semelhante; a submissão de todos os policiais a curso de aperfeiçoamento em abordagens a pessoas; a revogação de qualquer sanção disciplinar que, porventura, tenha sido imposta ao policial que não tenha cumprido a tal determinação e, ainda, a apuração da conduta do oficial pela expedição da ordem ilegal.
Cópias da recomendação foram enviadas a vários órgãos, bem como a todos os Promotores de Justiça do Estado do Ceará, para que, em se deparando com situação semelhante, possam cobrar a responsabilidade funcional e criminal do infrator.
Leia mais...

A cobrança de metas são práticas largamente admitidas nas melhores empresas do mundo. As polícias também devem adotá-las em suas administrações, porém, medindo a redução do crime e da sensação de segurança, e não os meios através dos quais as unidades policiais estão policiando. As metas de “meio” engessam a atuação policial, limitam a criatividade na atuação, tiram a autonomia da ponta. Metrificando corretamente os resultados, veremos o que vem dando certo, ou não, nas unidades policiais. O problema é que este resultado pode ser escandaloso…

Fonte: Abordagem Policial.