segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Módulos policiais estão desativados em Salvador


Há um ano sem os módulos policias, moradores dos bairros da cidade sentem a ausência do serviço e da sensação de segurança passada pelas unidades. Desde o anúncio do fechamento dos módulos, que de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da
Bahia, seria temporário, a população reivindica a abertura das unidades já existente e a criação de novas.

De acordo com 90,61% dos 10.656 leitores que votaram na enquete do portal A TARDE On Line, os módulos policias devem ser reativados. Somente 9,39% dos leitores são contrários a reativação e não sentem falta do serviço.



Conforme já esclareceu há algum tempo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia e o Comando da Polícia Militar, o fechamento dos módulos é uma estratégia de segurança a nível nacional. Os postos policiais funcionavam como alvo fácil para o crime organizado, o que não ocorre com rondas efetuadas por viaturas. Entretanto, o abandono destes equipamentos continua a assustar as pessoas de bem, principalmente as residentes em bairros com índice de violência acima da média.

Enquanto nos Estados onde tem sido possível reduzir os índices de criminalidade a ação oficial tem sido a de aumentar a presença ostensiva da polícia nos bairros, especialmente naqueles onde a violência é maior, em Salvador a postura é de reduzir esta presença, a partir do fechamento de módulos policiais. E não dá para entender porque esta decisão, uma vez que por mais precários que sejam, os módulos são equipamentos que dão mais segurança à famílias que residem em suas áreas de influência porque significam, até simbolicamente, a presença de uma autoridade armada.

Dos 81 módulos da Polícia Militar existentes na capital baiana, 26 já estão fechados e, embora a direção da PM assegure que se trata de fechamentos temporários, não é o que pensam as comunidades pois já foram feitos muitos apelos, inutilmente, para que os módulos voltem a funcionar. O certo é que em todas as localidades onde os módulos deixaram de funcionar houve aumento no índice de crimes.

Reportagem da Revista Veja que está nas bancas revela que Salvador registra, hoje, 79% a mais de homicídios dariamente (a média é de seis por dia) do que há dois anos. E elogia a ação realizada em Recife (PE), que já foi uma das capitais brasileiras com maior índice de violência, para combater a criminalidade: as autoridades pernambucanas passaram a monitorar as áreas mais perigosas e a remanejar as equipes policiais, a cada semana, para os bairros onde são registrados mais mortes no período.



Em Salvador, por mais que o secretário de Segurança diga que não há toque de recolher, já ouvi de vários taxistas que existem áreas na capital baiana onde a polícia não vai e nas quais até funcionários de empresas como Coelba e Embasa têm que ser autorizados a ir. As autoridades baianas precisam seguir os bons exemplos de outros locais, onde os criminosos tiveram sua ação restringida, onde o tráfico de drogas foi combatido de forma eficiente.

O crescimento da violência na Bahia é tão vísivel para os baianos que não há necessidade de uma reportagem de uma revista para nos dizer isto. Mas talvez seja necessário para que as autoridades da área de segurañça sintam que a situaçõa não pode ficar como está e que é preciso substituir a inação, ou a ação infeficdiente, por erstratégias mais eficazes. E, principalmente trabalho, muito trabalho.


Não é somente na capital que a Polícia Militar desativou os módulos policiais e sim, no interior do estado também, sendo que a violência vem aumentando em cidades do interior. Isso não quer dizer que o fechamento desses módulos seja o pivor da violência crescente em todo o estado, porém, é um dos fatores geradores, pois, uma comunidade sem a presença da polícia certamente ocorrerá mais crimes. O comando da PM alega que as viaturas agem melhor, contudo, o número de viaturas no interior é bem pequeno para tais ações.

O estado deve investir sim no serviço modular, dando mais segurança ao policial que ali está, colocando equipamentos de apoio, como, motocicletas e veículos, dando uma maior mobilidade tática aos módulos ( Postos policiais). Investir também em políticas sociais, educação e outras interatividades com a comunidade, não esquecendo de combater o tráfico de drogas com força máxima, com inteligência.

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